JORGINHO DO IMPéRIO: alegre, sorrindo e cantando

Hoje, Jorge Antonio Carlos completa 76 anos. Quem? Quem?!... Jorginho
do Império! Esse nome dispensaria apresentação, não fosse no mínimo desrespeito à história
do samba, excluir sua filiação paterna: Mano Décio da Viola. Para o filho é
orgulho que se manifesta em cada show e disco que faz. O pai consagrado autor
de sambas que são verdadeiras maravilhas têm presença obrigatória no repertório
de Jorginho do Império.
Há cinco anos, o sambista se apresenta, no terceiro
sábado do mês, no Cariocando - novo
templo carioca da MPB, onde Jorginho lançou o CD/Dvd “Alegre, sorrindo e cantando” –
título de um samba inédito de tio Hélio e Monarco. Ambos produzidos por Mauro
Diniz e gravados no Parque Madureira. Alegre,
sorrindo e cantando vêm coroar uma carreira com mais de vinte elepês, além de dezenas de CDs, e
centenas de shows em todo o Brasil e outros países, como China, Argentina,
França e Japão.
Nascido
num berço de samba, embalado pelo ritmo das batucadas da Prazer da Serrinha, ou
pela cadência do samba das rodas na rua Itaúba, no morro da Serrinha,
onde Mano Décio da Viola reinou absoluto como poeta e cantor, Jorge Antonio
Carlos aprendeu tudo que se pode aprender de samba no pé e no gogó
até se tornar definitivamente Jorginho do Império, nome artístico que lhe deu
Oswaldo Cadejo.
Durante
muitos anos, Jorginho acompanhou Martinho da Vila como um dos seus ritmistas. Em
1971, o Martinho lançou o disco Batuque
na cozinha e juntou Carlinhos Pandeiro de Ouro,
Serginho do Pandeiro, Rosinha de Valença – a que toca por uma cidade
inteira, Mané do Cavaco, Manuel “Mão de Vaca” da Conceição e Papão batera
para gravar e viajar com ele. Jorginho estava nessa, obviamente.
Numa roda
de samba na quadra do bloco Vai se Quiser, no Engenho de Dentro, Ailton
e o Tuninho lhe disseram que a Polygram queria lançar um sambista e
apresentaram-no ao diretor Jairo Pires. Foi o empurrão que faltava. Oxímoro à
parte, Jorginho do Império foi alçado ao topo do sucesso com Na beira do mar todo mundo
brinca/Na beira do mar todo mundo fica (Gracia doSalgueiro);
Dinheiro vem, dinheiro vai/ Dinheiro
entra, dinheiro sai...(Noca da Portela) e sempre os clássicos de Mano Décio
da Viola e seus parceiros do Império Serrano. Mais recentemente lançou o Cd "Jorginho do Império - o filho do Imperador", gravado ao vivo, no qual homenageia o pai um samba-poeta de se cantar como se fosse uma oração: "Mano Décio desce os dedos na viola, faz enredo que teu samba me consola...
Atualmente mantem o rádio-web barracãodosamba.com.br
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