RICARDO da FONSECA | OPINIãO
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Dizem que somos machistas e nos olham como se tivéssemos uma visão distorcida da mulher - como sendo um objeto de desejo.
Há alguma razão na afirmação, que de todo não está errada.
Só sinto falta, às vezes, de uma imparcialidade na análise das coisas.
Raramente ouço falarem do papel que as próprias mulheres exercem para a manutenção dessa cultura.
Não ouço falarem que mesmo sendo iguais - homens e mulheres - nos vestimos com bermudas largas e calças jeans ou ternos largos, sem o menor interesse em mostrar nossos contornos físicos enquanto muitas delas fazem questão de vestir roupas apertadas e que valorizam as coxas, a bunda e os seios. Isso não é sexualização do corpo feminino?
"Oh! Ele é daqueles que dizem que ser 'bulinada' contra a vontade é culpa da mulher. Porco machista!"
Né, não! Deturpar o que estou falando não contribui com a discussão.
Uma coisa é o direito que cada um tem sobre o seu corpo e o que veste, ingere ou faz - e que não dá direito à nenhum outro 'bulinar', agredir ou ofender. Outra coisa é como repercute na sociedade a nossa forma de se vestir - que é a questão que trato aqui.
Se a indústria da gastronomia enfeita seus alimentos para seduzirem pelo olhar, o que as pessoas acham que irá acontecer quando as pessoas se adornarem com roupas que valorizam partes da mulher que sempre fizeram parte do ato sexual e das preliminares do sexo?
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