RICARDO da FONSECA | Do FACEbook | As palavras enganam

Não deveria ser necessário explicar, mas o que fazer se as pessoas insistem em evitar entender as coisas? Sim. Muita gente clama a intervenção militar. Mas não fazem isso porque são à favor da tortura ou da violência gratuita. Nem foram ou são à favor do governo militar. São gente que percebem que o problema do Brasil tem características claras - desonetidade e impunidade - e atores com nome e sobrenome - judiciário, executivo e legislativo. São gente que sabem que todo e qualquer outro mal que a sociedade brasileira vive está ancorado por esse tripé, e acreditam que somente a força é capaz de amedrontar e inibir os saqueadores de toga e terno e gravata. São gente que até pouco tempo achavam que esse tripé, amparado por leis de interesse nacional, é que salvaria o seu país do lodo. Até que perceberam que eram eles - os integrantes do judiciário, do legislativo e do executivo - os responsáveis por toda dor e lama. Aí, numa natural ingenuidade que caracteriza os bons, elegeram os militares como os únicos que, no meio de tanta sugeira antipatriótica, poderiam salvar o Brasil do Crime Organizado que o dirige, que cria as lei e que julga oa criminosos.
Então, quando criticarmos quem defende a intervenção militar na Terra de Malboro, tenhamos cuidado em não rotular pessoas que são mais pacíficas e honestas que muitos de nós. Mais pacíficas e honestas que muitos de nossos magistrados, legisladores e gestores.
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