FELIPE LUCENA | @felipelucen4 | Uma derrota normal
Quando o assunto é futebol, nós, brasileiros, deixamos de lado o tal complexo de vira-lata e nos tornamos um cachorro de madame, com o focinho bem alto.
Foi assim no 7 a 1. Estava na cara que o Brasil, naquele jogo, deveria mudar um pouco a tática pra respeitar mais a Alemanha. Não estou falando que tinha que atuar como time pequeno, no entanto, precisava variar a estratégia pra encarar um grande adversário. Isso aconteceu outras vezes.
Talvez isso tenha acontecido nesta derrota diante da Bélgica, nas quartas de final dessa Copa. O Brasil é mais time. Lógico. Contudo, não dá pra ignorar a qualidade dessa tão falada geração belga. Não era pra deixar um jogador como De Bruyne com tanto espaço pra pensar. Os outros destaques deles até encontraram mais dificuldades pra jogar, mas De Bruyne deitou e rolou contra o time de Tite, que só tinha um volante de marcação - que jogou muito mal. Fernandinho, no caso.
Já vi muitos torcedores (nesse caso é mais aceitável) e jornalistas esportivos desmerecendo os belgas, como se a Seleção Brasileira tivesse perdido pro meu time de pelada. Pura arrogância. "Não existe mais bobo no futebol" e há muito tempo o Brasil não sobra nos campos de jogo como foi em outra época. Se é que algum dia foi tão fácil assim.
A melhor análise que vi sobre a derrota do Brasil pra a Bélgica foi no "Falha de Cobertura", da TV Quase. Embora seja um programa de humor - o que eles ironicamente negam - só ouvi verdades nesse último programa. Cerginho da Pereira Nunes disse: "Foi uma derrota normal". É isso. O Brasil é mais time, engoliu os belgas no segundo tempo, porém, foi uma derrota normal. Eles aproveitaram melhor as chances que tiveram e fizeram o placar. Não somos os únicos donos da bola. Já passou da hora de entendermos e aceitarmos isso.
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