MIRO LOPES | Do FACEbook | Eleição é chantagem



Aproveitando-se que nos últimos pleitos tem crescido assustadoramente a ausência de votos válidos e que essa ausência  compromete o conceito de democracia, por mais incoerente que essa afirmação possa parecer, é hora, mais do que o suficiente, de se repensar o processo eletivo brasileiro.  Se o vencedor não foi aprovado DE FATO pela maioria dos eleitores, e muito menos pela maioria da população (que hoje é de cerca de 210 milhões de brasileiros), não houve quórum, portanto, mais um motivo se fazer uma reforma eleitoral.

Abster-se de votar, voto em branco, ou nulo é o único recado que as organizações político-criminosas entendem como a VOZ DO POVO. Se não tiver um valor mais do que o de protesto, essa insatisfação corrói o processo, e porque não dizer a democracia, e torna um pleito constitucionalmente legal  numa farsa criminosa legalmente constituída. O resto é voto de cabresto, comprado-vendido, passivo e nocivo. Portanto, uma corruPTção também legalmente aceita.

O convencimento mormente é forjado em sofismas e provas inconsistentes; enquanto discurso de politiqueiros, se reveste de vergonhosas justificativas para que ninguém se abstenha de votar, ou vote em branco, ou anule o voto. Até a propaganda do STE, convocando todos às urnas, se alia à camarilha. O eleitor, agora mais do que nunca, é o instrumento com quem os fariseus contam para alçarem a cargos eletivos importantes, um ou outro capanga e até criminosos condenados e presos. 

O próprio sistema, em sua convocação para as eleições, alega que votar mais do que  uma obrigação, é um direito. Um direito impossível de exercer, já que nessa múltipla escolha não incluí a opção:  (  ) candidato honesto. Assim sendo, o processo carece de credibilidade na fonte das legendas: os partidos políticos. São quadrilheiros imbuídos dos piores propósitos. Impõem seus candidatos embrulhados com o discurso da realização, da mudança e do bem estar social. Assim o eleitor enganado vota no que há de pior em espécie humana. Nem a Lei da Ficha Limpa ajuda em alguma coisa. Ah, sim, por força da ficha limpa mais de 2000 candidatos no país inteiro se tornaram inelegíveis. Muito número, pouca significância, até porque os chefes de facção passaram ao largo da lei.

Votar pode até ser uma obrigação, ou dever; deveria, na verdade, ser um direito. Exercê-lo, ou não, seria uma questão de decisão pessoal. Porém para exercer o direito de não votar, inclui justificar a abstenção, então é um ‘direito’ obrigatório... Ou chantagem. Não justificar o ato de não votar, faz com que o eleitor perca alguns direitos, que se pensava definitivamente conquistados. Assim a chantagem está mais do que delineada. Entenda, pode-se não votar, não ir à seção eleitoral, mas tem justificar sua ausência à 'obrigatoriedade de votar', além de pagar uma taxa a título de multa. Chantagem de alto preço.

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