MIRO LOPES | @pullitzer| O guizo da cobra
Crônicas do meu tempo
Não sei a quem interessa a orientação sexual de alguém. Mesmo que este alguém esteja nos seus planos de vida. Mesmo que seja pela vida toda. É claro, que há aqueles que não deixam a menor dúvida sobre suas tendências. Tipo boneca deslumbrada, exibicionista, com gestual, a sugerir "Eu sou! Mas quem não é?". Comportamento bem fora de propósito, considerando que ninguém esteja interessado no manifestante. Pode-se até afirmar que (Noves fora, o machismo!) isso #ÉCoisaDeViado.
Mas o buraco é mais embaixo e vem de e ao encontro das campanhas eleitorais e o posicionamento com relação as colocações de um e outro candidato, consideradas como homofonia, machismo e coisa que interessa debater em tempo de eleição para confundir o povão, ou aparecer de alguma forma. Movimentos* contra e a favor proliferam sustentados com dinheiro do contribuinte. Mas redes, o diálogo vira discussão e discussão vira polêmica, porque é para isso que serve a polêmica, tirar do foco o que interessa. E as calúnias, difamação, xingamentos proliferam.
Mas, cuidado, são três os crimes contra a honra tipificados no código penal: Calúnia (art. 138); Difamação (art. 139) e Injúria (art. 140) – e a indústria da indenização por ofensa está a pleno vapor tentando, em nome da honra e do politicamente correto, arrecadar algum para si e para o fundo partidário. Na realidade, esses movimentos e Ongs (algumas beneficiadas com verbas públicas) em defesa da vítimas de preconceito, também são preconceituosos e adeptos de intolerância, e estão sempre em prontidão para acionar a Justa. Orientados por partidos que buscam um cavalo de batalha para alcançar a mídia, cabalar admiração e eleitores, esses movimentos tem no patrulhamento sua ocupação preferida. Nas redes sociais, são os amestrados à mortaNdela.
Mas voltando ao começo, li por aqui (no twiter.com), que a jornalista @millylacombe sentiu sua 'sapatonice fraquejar' assim que vislumbrou os filhos de Jair Bolsonaro, não!, digo, os filhos de Ciro Gomes.
À propósito, lembro que @WalcyrCarrasco, autor de "O outro lado do paraíso" - excelente novela da Globo (É claro!) levantou uma lebre sobre um comportamento dx personagem interpretado por Eriberto Leão que, por suposto, é homossexual ( X personagem, não o Leão). Inicialmente, Tigrão, o apelido dx bichx, deixou claro que não quer assumir essa identidade por questão pessoal. Dá a entender que é assunto só interessa a ele e a quem ele eleger como parceiro. Mais do que isso, o doutor (ele é psiquiatra) não se assume por questões profissionais e familiar - não quer magoar a mãe, que o quer casado, bem casado, mas com mulher. E ainda, não assume porque tem vergonha de ser gay. Parece que aí, Carrasco arrumou uma explicação para tal postura: 'gay homofóbico'.
O Tigrão, interpretado pelo Leão, arruma uma namorada fogosa, bonita e gostosa, a Suzy, com quem falhou em duas pegadas. Na procura da 'cura' para seu problema de não ter ereção com uma fêmea, nem com viagra, nem com qualquer outro remédio, Carrasco, o autor, encontrou a solução para o Tigrão lá em Tocantins, num quilombola. O remédio definitivamente cura a boiolice dos boiolas que quiserem desistir de sua boiolice pelo menos na hora do pega 'sem capar': chocalho de cascavel. É tiro e queda...
Bem, sei não, não vi o capítulo no dia seguinte...
PS: Hoje, sábado (29/09/2018) conforme anunciado na rede, a mulherada vai chacoalhar o guizo em apoio ao aborto, à pedofilia e outras insanidades; e, amanhã, domingo, as empoderadas pela dignidade vão chacoalhar os guizos pela família, democracia e paz.
Comentários
Postar um comentário