MIRO LOPES | @pullitzer | Segundo turno e reeleição
1. Os favoritos à presidência e ao governo de alguns estados vão disputar o segundo turno. São os mesmos bandidos de sempre, que usarão os mesmos argumentos de sempre para conquistar o voto que não receberam no primeiro turno. Assim, usarão a retórica de convencimento do que o errado é certo e de que a mentira é verdade. Engula isso com a dose de otimismo que lhe resta, se resta algum, e seja o que Deus quiser, porque o diabo está à espreita.
2. A população já escolheu seus bandidos de estimação das assembleias e Congresso. Houve uma tímida mas significativa reação do eleitorado nacional para melhorar o quadro político. Porém, alguns bandidões foram reeleitos. O fim da reeleição seria a grande catarse pela qual passaria a política brasileira. Não se acaba reeleição por emenda, ou reforma legal, porque parlamentar algum legisla contra si, tampouco quer perder o bocão de continuar mamando nas tetas do Erário, principalmente colocado no parlamento por escolha popular, depois de ter ludibriado o povo. O mandato garante um bocão salarial astronômico e benesses sem fim.
3. Felizmente, alertado pelos escândalos políticos, pelo aparelhamento dos órgãos estatais, pela corruPTção, o povo brasileiro acordou e jogou no lixo da História alguns delinquentes de gravata. Poucos mas alguma coisa foi feita. O eleitor promoveu nesse primeiro turno uma limpeza no Congresso - que a mão da Lei da Ficha Limpa não alcançou - não reelegendo nomes tradicionais e corruPTos conhecidos. Atitude que serve de modelo para ser praticado no segundo turno e em eleições futuras.
A não reeleição, pelos menos por oito anos, para nenhum dos três níveis de poder eletivo, de quem quer que já tenha cumprido um mandato, é e será a única garantia de uma depuração ideal nos quadros políticos.
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