#ZONAFRANCAdaBOEMIACARIOCA: Armazém do Senado completa 112 anos

Em meados do século passado quando surgiu, a mercearia de secos e molhados instalada num prédio com pé-direito de seis metros de altura e sete portas, marcava posição naquele pedaço da Lapa, próximo à Praça Tirandentes, com a venda de azeite português e bacalhau do Porto. Caixas e mais caixas de bacalhau. E vinho em garrafões. Continua uma mercearia, com batatas, arroz, farináceos expostos em sacos e vendidos à granel, além dos produtos enlatados e embalados, como café, açúcar etc. Mais ainda, suas prateleiras que encostam no teto estão cheias de bebidas de procedência confiável. Vinhos, cachaças e batidas de rótulos variados, que não esquentam na vitrine. Antes mesmo da virada do século, o armazém foi invadido por boêmios, cachacistas, sambistas e malandros comportados, mas não perdeu sua identidade. Muito pelo contrário, ser mercearia é a alma do Armazém do Senado; servir como boteco é o alter-ego da mercearia. A fauna boemia chega cedo e cada ...