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Mostrando postagens de setembro, 2018

MIRO LOPES | @pullitzer| O guizo da cobra

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Crônicas do meu tempo   Não sei a quem interessa a orientação sexual de alguém. Mesmo que este alguém esteja nos seus planos de vida. Mesmo que seja pela vida toda. É claro, que há aqueles que não deixam a menor dúvida sobre suas tendências. Tipo boneca deslumbrada, exibicionista, com gestual, a sugerir "Eu sou! Mas quem não é?". Comportamento bem fora de propósito, considerando que ninguém esteja interessado no manifestante. Pode-se até afirmar que (Noves fora, o machismo!) isso #ÉCoisaDeViado. Mas o buraco é mais embaixo e vem de e ao encontro das campanhas eleitorais e o posicionamento com relação as colocações de um e outro candidato, consideradas como homofonia, machismo e coisa que interessa debater em tempo de eleição para confundir o povão, ou aparecer de alguma forma. Movimentos* contra e a favor proliferam sustentados com dinheiro do contribuinte. Mas redes, o diálogo vira discussão e discussão vira polêmica, porque é para isso que serve a polêmica,  tirar d...

MIRO LOPES | @pullitzer | TONINHO GERAES, o boêmio voltou

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O sucesso da hora, que está na boca do povo, nas ruas, bares, rodas de samba, pagodes, a qualquer tempo e lugar,  é "Alma boêmia",  de Toninho Geraes e Paulinho Rezende, que forma com " De bar em bar" gravada por Moacyr Luz, um certificado de imunidade aos boêmios contra aqueles que não curtem, intensamente, a vida e as paixões .  Bem recentemente,  no lançamento do novo CD "Estação Madureira", com as participações especiais de Moacyr Luz e Chico Alves,  Geraes prestou homenagem a um baluarte do samba: Nelson Sargento, outra  grande expressão do samba.  A carreira artística de Antonio Eustáquio Trindade Ribeiro, nascido nas 'Geraes',  tem dois capítulos: um antes e, outro, depois de "Me leva" gravado por Agepê em1986. Dez anos antes, Toninho foi incluído no elepê "Na aba do pagode", cantando "O rato roeu' – um verdadeiro exercício de dicção e canto;  dez anos depois, regravou esta música no CD Preceito. Tinha sid...

MIRO LOPES | Do FACEbook | Eleição é chantagem

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Aproveitando-se que nos últimos pleitos tem crescido assustadoramente a ausência de votos válidos e que essa ausência  compromete o conceito de democracia, por mais incoerente que essa afirmação possa parecer, é  hora, mais do que o suficiente, de se repensar o processo eletivo brasileiro.   Se o vencedor não foi aprovado DE FATO pela maioria dos eleitores, e muito menos pela maioria da população (que hoje é de cerca de 210 milhões de brasileiros), não houve quórum, portanto, mais um motivo se fazer uma reforma eleitoral. Abster-se de votar, voto em branco, ou nulo é o único recado que as organizações político-criminosas entendem como a VOZ DO POVO. Se não tiver um valor mais do que o de protesto, essa insatisfação corrói o processo, e porque não dizer a democracia, e torna um pleito constitucionalmente legal  numa farsa criminosa legalmente constituída. O resto é voto de cabresto, comprado-vendido, passivo e nocivo. Portanto, uma corruPTção também legalm...

MIRO LOPES | Do Blog | Wilson Moreira: Senhor Liberdade

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Wilson Moreira completou em dezembro 81 anos e está no pleno exercício de suas atividades, depois que um derrame que o tirou de campo por alguns meses. – É principalmente nessa hora que o samba nos dá força! Dia 10 de fevereiro, seus amigos botam na rua, pelo quinto ano, o Bloco Amigos de Wilson Alicate", que criaram em sua homenagem. O bloco concentra no sábado anterior ao Carnaval, mas não sai. Também há 5 anos, sua mulher, a jornalista e pesquisadora Angela Nency, fundou o Centro Cultural Solar Wilson Moreira. Casada há 25 anos com sambista, Nency acompanha o passo a passo de sua carreira atentamente, agora, em especial, o novo disco: "Tá com medo, Taparéu', que revisita em canções seu período infanto-juvenil, em Realengo, onde nasceu. Projeto viabilizado pela campanha de financiamento coletivo (crowdfunding), WM já está gravando, sob a produção de Paulão Sete Cordas, e o disco tem lançamento previsto para abril.  O compositor cresceu influenciado por tocadores d...

BRUNO QUINTELLA | Do FACEbook | Burocracia é gasolina

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Bruno Quintella 55 min  ·  Há trinta anos, o parque americano de Yellowstone teve o maior incêndio de sua história. Uma guimba de cigarro arremessada por um lenhador desencadeou num foco que rapidamente se alastrou. Era fim de julho de 1988. Cerca de duzentos quilômetros quadrados de vegetação foram destruídos pelo fogo. A estratégia protocolar, naquela época, era deixar as chamas se debelarem por si mesmas. Três semanas depois, por causa da faísca de uma ferradura de cavalo, outro foco surgiu na mata.  Os dois incêndios, somados, foram os responsáveis pela queima de mil e oitocentos quilômetros quadrados do parque, ou seja, vinte por cento da vegetação de Yellowstone foram destruídos pelo fogo. A pergunta que não queria calar, obviamente, era o que afinal teria causado um incêndio de tamanha proporção – já que sempre houve incêndios no parque mas nunca daquela maneira. Tanto a guimba de cigarro quanto a ferradura do cavalo foram g...