Postagens

Mostrando postagens de janeiro, 2018

HéLIO FERNANDES | Do FACEbook | O terrorismo interno assustador

O TERRORISMO INTERNO ASSUSTADOR: TRAFICANTES E MILICIANOS,ALIADOS E IRMANADOS Quando se enfrentavam, disputavam todos os territórios, o confronto era diário e  intransferível, a comunidade vivia em panico. As mortes por "balas perdidas" não tinham autores, só vitimas.Os bandidos que enriquecem com as drogas, não queriam concorrência, embora os lucros fossem cada vez mais astronômicos. Os milicianos se organizaram como "empresários", para substituir o Estado, (com maiúscula ou minúscula)que cobra impostos e abandona a comunidade. Só que ao contrario dos traficantes, os milicianos querem tudo, invadem todos os setores, não atuam apenas nos morros, têm preferencia pela planície. E não matavam. Por acaso, os milicianos "descobriram " o roubo de cargas ,que ha algum tempo também seduzira os traficantes. Aí, traficantes e milicianos compreenderam que eram aliados naturais.E partiram para a união, passando a aterrorizar os mais diversos bairros, como fize...

EDUARDO AFFONSO | Do FACEbooK | Carta aberta

Eduardo Affonso Seguir 26 de janeiro às 10:33  ·  Rio de Janeiro  ·  Marcinha, Não nos conhecemos. Até a semana passada, nunca tinha ouvido falar de você – e você certamente morrerá sem saber que eu existo. A despropositada intim idade do diminutivo (não vai aí nenhum machismo ou paternalismo) é porque fui tomado de intensa ternura nas três oportunidades em que sua existência cruzou com a minha. A primeira, num evento de apoio ao ex presidente Lula, aqui no Rio, durante o qual você disse que “o STF é uma bosta, epistemologicamente falando”. Admirei sua coragem de dizer isso diante de quem nomeou três dos onze membros da corte, e que esteve por trás da nomeação de outros quatro (através de interposta pessoa, a ex presidenta). Você disse, na cara do homenageado, que 63,636363% de uma bosta epistemológica são obra dele. Oigalê! A segunda foi ontem, quando assisti a um vídeo ( https://www.youtube.com/watch?v=UyOuMJQ8nyI ) em que você – autora de um liv...

BRUNO QUINTELLA | Do FACEbook | Sintoma invisível

Tijuca. Uma rosa branca, solitária, aos pés do bar de portas fechadas. Um relógio de parede trincado de tiros – e seus ponteiros paralisados: a morte paira pelas ruas da cidade e não há objetos suficientes que materializem a dor.  Nove e meia da noite. Hora da novela para quem está de folga ou quem já cansou da folia. Ou nunca gostou. O garçom não se enquadraria em nenhuma das modalidades, era um cara alto astral e tinha um sorriso hábil. Morreu enquanto trabalhava. Um tiro n o peito. Eu estava em casa, assim como muitos. Samuel estava na rua, assim como tantos. Algumas pessoas bebiam ali no bar, assim como qualquer um.  Não é preciso tentar se imaginar lá para sentir a dor. A situação atual na cidade é de anestesia social. Não queremos mais sentir a literalidade de sentimentos que não necessariamente nos pertencem, apenas ficamos na solidariedade instantânea de uma morte violenta. Um comentário besta numa postagem dos sites jornalísticos confirma a...

MIRO LOPES | Da redação | Por que não deixam dona Magaly com sua dor?

Certamente dona Magaly é uma senhora que, além do peso da idade nos ombros, carrega um fardo difícil de carregar, posto que doloroso. Torço que tenha saúde suficiente para aguentar os reveses da vida: Sérgio Cabral, pai,seu marido, está doente sem menor chance de melhora; Cabral, filho, preso. Certamente, que sendo mãe, dona Magaly, sofra mais do que o filho pela situação que lhe foi imposta legalmente. Foi um ato da Justiça legal. Como não existe conhecimento de que no Brasil os presos sejam assim tratados, foi um ato com deferência para Cabral; por isso parece uma maldosa vingança tosca das autoridades penitenciárias. Podiam algemá-lo como o fizeram. Mas não devia, não era necessário. Acredito, porém, que Cabral possa usar isso como trunfo para possíveis recursos a seu favor no futuro. Mas, dona Magaly, com absoluta certeza, sofre. Sofre muito. A cada dia, a cada momento, a cada segundo. Ela respira sofrimento: pelo marido e pelo filho. E mesmo assim ainda precisará muito fôlego, c...

EMíLIA AL-CONCEI PIRES | Do FACEbook | Chapéu violeta, um texto atribuído a Mário Quintana

CHAPÉU VIOLETA Aos 3 anos ela olha para si mesma e vê uma rainha. Aos 8 anos ela olha para si mesma e vê Cinderela Aos 15 anos ela olha para si mesma, vê uma bruxa e diz: "Mãe, eu não posso ir para a escola desse jeito!" Aos 20 anos ela olha para si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que vai sair assim mesmo... Aos 30 anos ela olha para si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas decide que agora não há tempo para consertar essas coisas. Então, sai assim mesmo.. Aos 40 anos ela olha para si mesma e se vê "muito gorda/muito magra, muito alta/muito baixa, com cabelo muito liso/muito encaracolado", mas diz: "sou uma boa pessoa" e sai mesmo assim... Aos 50 anos ela olha para si mesma e se vê como é. Sai e vai para onde ela bem entender... Aos 60 anos ela o...

BRUNO QUINTELLA | Do FACEbook | Pesadelo de Lobianco

Não conheço o ator Luis Lobianco, tenho amigos que o conhecem. Mas me solidarizo ao que tem passado. Não sou transexual nem gay, mas me sinto à vontade para opinar sobre o massacre virtual e político ao que o ator vem sofrendo pelos grupos de transexuais e travestis (além de outras pessoas não necessariamente ativistas ou engajadas na causa). Para quem não está a par do que acontece, para resumir bem (porque essas coisas não são passíveis de resumo): Lobianco idealizou um projeto teatral e como o teatro anda mal das pernas, chamou amigos para integrar a equipe, além do marido. Todo mundo sem grana entra com trabalho e depois vê como faz. Corre atrás de apoio, de patrocínio, etc. Quem já fez projeto cultural sabe – e quem não fez é fácil de imaginar que é pedreira. A questão é que a personagem central da peça em questão é inspirada na transexual brasileira Gisberta, assassinada em 2006 por adolescentes depois de ser torturada por dias, em Portugal. Gisberta fugiu para Europ...

BRUNO QUINTELLA | Do FACEbook | Mimimi reduz a importância de questões sérias

Bruno Quintella Ontem às 10:26  ·  A gente precisa opinar, não tem jeito, mas é preciso respeito – para ouvir e para falar. Ou ler e escrever. Dito isso, vamos lá. A expressão mimimi é covarde. Reduz a importância de questões sérias como racismo, violência e machismo, por exemplo. As pessoas que gostam de escrever consoantevogalconsoantevogalconsoantevogal para resumir, com chacota, alguma ponderação ou crítica sobre algum assunto, tem preguiça do debate. Debater nunca foi sinônimo de polarizar, mas de inter agir. Hoje isso se perde. O tiro metafórico que Juju Toddynho dispara a esmo pelas rádios pode ser uma bala perdida cultural. Atinge quem tá dentro e quem tá fora da comunidade. Mas ela não mata, muito pelo contrário, ela desperta reações. E é disso que precisamos. Incomoda ou agrada. Ainda no contexto filosófico, segundo ela, é preciso aprender a “traduzir” as coisas. Quem não vive ou nunca viveu em comunidade não pode opinar, disse recente...

BRUNO QUINTELLA | Do FACEbook | The world is a business.Tudo pode acabar amanhã...

Bruno Quintella Ontem às 07:33  ·  Outro dia, conversando com um amigo, ele me disse: “A vida é uma só, porra.” Mas prosseguiu seu raciocínio explicando que basta a gente dizer essa frase e as pessoas acham que vamos chutar o balde, o pau da barraca e viver em eterna despedida do mundo. E a percepção de que a vida é única nos leva a crer, quase que instantaneamente, que é preciso urgência – e desespero – para demonstrar que não somos reféns de nossas escolhas, mas do escolher: é preciso decidir o futuro ontem. O personagem de Robin Williams, o professor John Keating, em “Sociedade dos Poetas Mortos” (1989) ensina que é preciso aproveitar a vida, curtir o momento. Carpe diem, termo em latim tatuado em pulsos, canelas, costas e ombros de muitos jovens dos anos 1990, dá a ideia de que é preciso superar as agruras da vida com alegria, ou melhor, pela percepção dessa alegria nos dias comuns. A liberdade como recompensa é o combustível para o enfrentamento do...

HéLIO FERNANDES | Tribuna da Imprensa | Caetano Veloso e Chico Buarque na Academia

Mal aberta a vaga, menos de 24 horas depois, surgem os nomes dos dois grandes compositores. Cabem per feitamente e até ultrapassam o espaço da própria Academia. Não são apenas compositores e sim notáveis personagens. Esse apenas não é restritivo, pelo contrario é acumulativo e engrandecedor. Só que pela historia que vou contar,inedita, Caetano deverá ou deveria ser candidato unico, Chico já recusou a Academia. Ha 10 anos, o proprio presidente da "casa" convidou-o para ser academico, como candidato unico. A resposta de Chico Buarque deixou o então presidente da Academia, desolado, mas sem poder fazer apelo ou retificação. Eis o fato, histórico, com grandes personagens. No "estado novo", o ditador Getúlio Vargas resolveu entrar para a Academia. Nunca escreveu nada, sua base eram 40 volumes de discursos escritos por variados redatores .Alem do mais, um ditador. A Academia aceitou e vibrou com a candidatura negativa. Nenhum protesto de alguem vestindo o fardão...

LUIZ ALBERTO MEDEIROS | Do FACEbook | "O quinto dos infernos"

Você sabe de onde vem a expressão ¨O Quinto dos infernos¨? Durante o Século 18, o Brasil-Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso País e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro. O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que, quand o se referiam a ele, diziam "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim.  A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.  De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IB...

ÂNGELO CAVALCANTE | Do FACEbook |

Lula devorando! Virou esporte nacional atacar Lula; é um 'puzzle' praticado de norte a sul, de leste a oeste e conduzido por políticos da direita, centro e esquerda. É fogo amigo, inimigo, desafetado e do mais puro, vil e irracional despeito e ódio. Lula como fenômeno político transcendeu e muto, às raias da política como a conhecemos. Segundo Alberto Carlos Almeida, é de longe, o político brasileiro mais lembrado, tanto para o bem quanto para o mal. "Chefe de quadrilha", "comandante de organização criminosa", "criminoso-mor" e por aí vai... Pelas sendas da esquerda as coisas são mais sutis mas igualmente perversas. Andei lendo a crítica de certos militantes da esquerda e que trata Lula como espécie de "messias", de "redentor", evidentemente, em tom pejorativo e de desconstrução. A última agora é tal de "sebastianismo" (?) e que li nas parlas de um pessoal do PSOL. Lula é fonte inspiradora de toda sorte de ne...

CADU VIGíLIA | Do FACEbook | É hora de partir

Imagem
Rio de Janeiro, 04/01/2018, Flamengo, 17h.  Um minuto após ter tomado um excelente açaí com meu pai, caminhando para casa, me vejo deitado com ele no chão da  rua  Senador Vergueiro esquina com a Barão do Flamengo, no bairro que passei boa parte dos meus 35 anos. Do nosso lado gente de todos os tipos, vestidas para diferentes compromissos e reunidas ali para uma breve pausa pela sobrevivência no meio de suas rotinas.  Enquanto isso, os estampidos dos tiros vindo de um carro branco em fuga pela contramão seguido por 5 viaturas da PM se misturavam aos gritos que aumentaram quando, segundos depois, uma granada jogada pelos bandidos na fuga estourou. Tudo isso não é nada do que já não tenha acontecido antes muito menos do que ainda vai acontecer. Mas eu ali, deitado no chão, ao lado do meu pai de quase 70 anos, com pessoas nos olhando assustadas sem saber como agir, me fez refletir. É hora de partir.  Quem puder, vai embora. Isso não vai mudar t...

LUIZ CARLOS COUTINHO DE SOUZA | Do FACEbooK | Os piores cegos

O PT deve ser criticado sim e merece. Há muito deixou de ser uma esperança para a classe trabalhadora, aliás, pode-se até dizer que nunca foi. No entanto, o momento atual é de extrema delicadeza e é preciso avaliar com bastante cuidado com quem, porque e por quem estamos falando. Sair por aí coletando dados e divulgando todos os erros e as dúvidas que os petistas causaram desde sua fundação não deve ser tarefa da esquerda atuante e revolucionária que se preza. O certo é deixar isso para o MBL, eles o farão, por sinal, com muito prazer e frequência constante, principalmente na atual conjuntura. E não vão esquecer do Lula, o objetivo principal. Não é adequado para quem se propõe lutar em favor dos mais oprimidos aliar-se aos que planejam eliminar a liderança de Lula, que cresce assustadoramente, mas não a ponto de intimidar quem está contra esta elite de merda que insiste em manter os trabalhadores nos guetos da miséria para obter mais lucros, apoiados por uma cla...